Decisão

Ilustração

“Um grande caminho começa com o primeiro passo. O resto fica por conta das circunstâncias”. 

“Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos” (Lao Tzu).

Houve no Oriente um jovem pastor que desejava encontrar uma jovem com qualidades ideais para se tornar uma boa esposa e também uma boa nora. É que com a partida da mãe a casa se tornou fria, triste e vazia… Ele saía todas as manhãs com o pai para o campo, só voltando tarde da noite. Tudo era tão sem calor! Cansados como estavam, eles tinham ainda de preparar a alimentação suficiente também para o dia seguinte. O moço conhecia na redondeza três simpáticas jovens que eram irmãs. Todas tão meigas e atraentes, que escolher uma delas lhe pareceu coisa difícil. Sem saber, então, qual das três deveria preferir, procurou o pai, homem de bem, e experimentado na vida  a fim de lhe pedir conselho a respeito do assunto. Depois de ouví-lo atentamente, o pai lhe disse: - “Filho, convide as três irmãs para viremlanchar aqui com você. Ofereça-lhes queijo para comer e repare bem de que maneira o cortam e depois conte-me com detalhes como foi que, certamente, poderei orientá-lo”. 

No dia seguinte, o jovem pastor procurou as moças e lhes fez o convite, que foi aceito prazerosamente. Após o lanche e a consequente retirada das garotas, o rapaz relatou ao pai o seguinte: “A mais velha das três engoliu o queijo em poucos bocados e sem retirar a casca”. O pai, imediatamente, o advertiu, dizendo: - “Essa moça não serve, filho. Certamente será pouco cuidadosa nos trabalhos da casa; fará tudo apressadamente. Talvez não seja gastadeira, mas não revelará prazer e nem amor necessário à realização das tarefas”. 

- A segunda  continuou o moço - “tirou a casca do queijo, mas fê-lo com tanta pressa que junto com a casca se foi uma boa camada de queijo. - Também não serve. Além da falta de comedimento, é perdulária. - A caçula, esta sim! Tirou-lhe a casca cuidadosamente e o comeu com delicadeza” - concluiu finalmente o filho, já com certo interesse. 

- “Case com esta. É comedida e cuidadosa!” Este é apenas mais um conto oriental entre tantos outros, porém revela uma extraordinária verdade: é preciso cuidado, observação e informação no momento de uma escolha séria, se desejamos acertar. Sobretudo, carecemos da orientação do Pai celestial que “ensinará no caminho a escolher”.

“Quando você tem que fazer uma escolha e você não a faz, isto já é uma escolha”. Um jovem idealista, entusiasmado com a sua própria vida, com sua matrícula garantida em uma faculdade, comentava com um crente: 

- “Como estou contente! Matriculo-me na faculdade este ano”. O crente, instruído pela Palavra de Deus, aproveitou a oportunidade para falar-lhe sobre a sua salvação:

 - “Estou contente por você e pelo seu sucesso, mas que pretende depois de formado? - Pretendo ser um médico famoso. Ganhar muito dinheiro”. - “E depois?” - “Depois? Depois pretendo amealhar o suficiente para a minha subsistência e da minha família”. 

- “E depois?” - “Bem, depois… Depois eu quero ter uma aposentadoria muito boa que me deixe viver despreocupado”. - “E depois?” - tornou a perguntar o crente. Agora o jovem não achou mais resposta. É que todos os seus planos eram para esta vida efêmera. “E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bem para muitos anos: descama, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será” (Lê 12.19,20). 

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