Tema: "O Que Deus Espera de Nós?" poderia explorar diversas dimensões do relacionamento entre o ser humano e Deus, como os princípios divinos que guiam nossas vidas, a ética cristã, a oração, a fé, entre outros aspectos. A seguir, apresento um esboço que pode ser útil para refletir e ensinar sobre esse tema.
Introdução
A grande pergunta: O que Deus espera de nós como seres humanos?
Contextualização: A resposta pode ser encontrada na Bíblia, em ensinamentos de Jesus Cristo, nos mandamentos e nas cartas dos apóstolos.
Objetivo: Refletir sobre como viver de acordo com a vontade divina, a partir dos princípios e valores revelados nas Escrituras.
I. O Amor a Deus e ao Próximo
O Amor a Deus e ao Próximo, conforme ensinado por Jesus nos Evangelhos, é o fundamento central de toda a moral cristã. Ele sintetiza os mandamentos dados na Lei de Deus e é considerado, tanto pelo cristianismo quanto por outras tradições religiosas, um princípio que vai além de um simples sentimento. O amor aqui é compreendido como uma ação deliberada e uma postura diante da vida, que se reflete tanto no relacionamento com Deus quanto com o próximo.
Primeiro Mandamento: Amar a Deus (Mateus 22:37-38)
Jesus, ao ser questionado sobre qual era o maior mandamento da Lei, respondeu de forma clara e profunda: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento." (Mateus 22:37).
A total entrega a Deus: Coração, alma e entendimento representam a totalidade do ser humano. O coração é o centro das emoções e desejos, a alma é a essência do ser, e o entendimento refere-se à mente, aos pensamentos e à compreensão.
Amar a Deus com essas três dimensões da nossa vida é a entrega completa, sem reservas. Isso significa não só adorar e reverenciar a Deus de maneira superficial ou momentânea, mas engajando-se com Ele em todos os aspectos da vida cotidiana.
O amor como princípio central de tudo: Esse mandamento é a base para todos os outros. Amar a Deus profundamente transforma a pessoa, moldando suas atitudes, pensamentos e ações. Através desse amor, as virtudes que caracterizam a vida cristã, como a humildade, a paciência e a bondade, começam a florescer de maneira natural. Segundo Mandamento: Amar ao Próximo (Mateus 22:39) Em seguida, Jesus completa o mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22:39).
O amor ao próximo como reflexo do amor a Deus:
O amor a Deus não se limita a práticas de culto ou adoração; ele deve se refletir no cuidado e no respeito pelo outro. O amor ao próximo é, portanto, um reflexo direto desse relacionamento com Deus. Quando amamos verdadeiramente a Deus, vemos o Seu reflexo nas outras pessoas, e isso nos motiva a agir com bondade e empatia.
A ideia de "como a ti mesmo":
Amar o próximo como a si mesmo implica reconhecer a dignidade e os direitos do outro da mesma forma que reconhecemos para nós mesmos. Significa tratar os outros com o mesmo respeito, compaixão e compreensão que gostaríamos de receber.
Esse "como a ti mesmo" também sugere que precisamos cultivar o amor próprio, o que não é egoísmo, mas a compreensão de que somos criaturas amadas e valiosas aos olhos de Deus. Somente quando compreendemos o valor de nossa própria vida podemos verdadeiramente valorizar a vida dos outros.
Exemplos de como viver esse amor no dia a dia:
1. Atos de Bondade: A bondade é uma expressão prática do amor. Realizar atos de bondade, como ajudar um necessitado, ser generoso ou simplesmente ouvir alguém com atenção, são maneiras concretas de viver o mandamento de amar ao próximo.
A bondade também pode se manifestar em pequenas ações diárias, como ser paciente no trânsito, ajudar um amigo em necessidade ou até dar palavras de encorajamento.
2. Empatia: Amar ao próximo implica empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. Isso nos leva a agir com compreensão nas situações difíceis e a oferecer apoio quando alguém está sofrendo. A empatia elimina o egoísmo e nos torna mais atentos às necessidades alheias.
3. Perdão: O perdão é um dos maiores sinais de amor ao próximo. Ele reflete a capacidade de superar mágoas e ofensas, não com base em sentimentos momentâneos, mas como um reflexo da misericórdia de Deus para conosco. O perdão não só liberta quem é perdoado, mas também quem perdoa, permitindo que o amor cresça e se multiplique em nosso coração.
Comentário
O amor a Deus e ao próximo não é um amor abstrato ou teórico. É um amor que se expressa em ações concretas, atitudes diárias e em uma mudança interna profunda que se reflete no mundo ao nosso redor. Jesus nos ensina que, ao praticarmos esse amor genuíno, cumprimos toda a Lei e os Profetas, pois ele é a chave para transformar tanto a nossa vida quanto a sociedade. Esse amor transcende as barreiras humanas e é um reflexo do próprio amor de Deus por nós.
II. Obediência aos Mandamentos de Deus
A obediência aos mandamentos de Deus é um princípio fundamental na vida cristã. Os Dez Mandamentos, dados a Moisés no monte Sinai, são expressões diretas da vontade divina e fornecem um guia claro sobre como os cristãos devem viver, interagir com Deus e com os outros.
A Importância da Obediência aos Mandamentos de Deus
Obedecer aos mandamentos de Deus não é apenas um dever, mas uma maneira de viver em harmonia com a vontade divina. Jesus, em Mateus 22:37-40, resume a Lei com dois mandamentos principais: amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento, e amar ao próximo como a si mesmo. Os Dez Mandamentos revelam como esse amor se manifesta em ações concretas, seja em nossa relação com Deus ou com o próximo. A obediência a esses mandamentos nos leva a uma vida de paz, justiça e integridade, refletindo o caráter de Deus em nosso comportamento.
Reflexão sobre Cada Mandamento:
1. Não matar (Êxodo 20:13) – Este mandamento não se limita ao assassinato físico, mas também abrange a violência verbal e emocional. Ele nos chama a respeitar a vida humana em todas as suas formas, promovendo a paz e a reconciliação em nossos relacionamentos.
2. Não adulterar (Êxodo 20:14) – A fidelidade no casamento reflete a lealdade que Deus espera de Seu povo. Esse mandamento protege o valor do compromisso e do amor duradouro, não apenas no casamento, mas também em qualquer tipo de relacionamento.
3. Não roubar (Êxodo 20:15) – A integridade é essencial na vida cristã. Este mandamento ensina a importância do respeito pelos bens e direitos dos outros, lembrando que tudo o que temos é uma bênção de Deus e deve ser tratado com responsabilidade.
4. Honrar pai e mãe (Êxodo 20:12) – Esse mandamento reforça a importância da família e do respeito mútuo entre pais e filhos. Honrar os pais vai além da obediência, implicando gratidão, respeito e consideração pela experiência e sabedoria que eles oferecem.
5. Não dar falso testemunho (Êxodo 20:16) – A honestidade é a base de todas as interações humanas. Este mandamento nos chama a ser verdadeiros em nossas palavras e ações, evitando a calúnia e a difamação.
6. Não cobiçar (Êxodo 20:17) – A cobiça está relacionada ao desejo excessivo pelas coisas dos outros. Este mandamento nos ensina a contentar-nos com o que temos e a cultivar um espírito de gratidão, ao invés de inveja.
A Moral Cristã e a Ética Divina
A moral cristã é baseada nos ensinamentos de Cristo, que enfatizam o amor, o perdão e a bondade. A ética divina se reflete em uma vida de honestidade, integridade e humildade. O cristão é chamado a viver de maneira que glorifique a Deus em todas as suas ações, buscando ser um exemplo de compaixão e justiça.
Exemplos Práticos do Comportamento Esperado de um Cristão
1. Perdão – Jesus ensina que devemos perdoar os outros assim como Deus nos perdoa (Mateus 6:14-15). O perdão é uma prática diária, permitindo-nos viver livres da amargura e do rancor, promovendo a paz.
2. Paciência – A paciência é uma virtude fundamental para os cristãos. Ela nos ajuda a suportar as dificuldades com graça, sem cair na ira ou na frustração, refletindo a longanimidade de Deus (Colossenses 3:12).
3. Amor incondicional – O amor cristão não é baseado em méritos ou condições, mas é um reflexo do amor de Deus por nós (João 13:34-35). Isso significa amar os outros, mesmo aqueles que nos fazem mal, demonstrando bondade e generosidade, sem esperar nada em troca.
Comentário
A obediência aos Dez Mandamentos e a vivência da moral cristã são fundamentais para uma vida que honra a Deus. Ao seguir esses princípios e viver de acordo com os ensinamentos de Cristo, o cristão demonstra o caráter de Deus e impacta positivamente a sociedade ao seu redor. A ética divina é um chamado para ser luz no mundo, promovendo paz, justiça, e amor incondicional a todos.
III. A Fé e a Confiança em Deus
A fé e a confiança em Deus são pilares fundamentais da vida cristã, conforme enfatizado ao longo da Bíblia. A passagem de Hebreus 11:1 nos oferece uma definição essencial de fé: "A fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem." Esta explicação profunda não só descreve a fé como uma confiança total em algo invisível, mas também como uma certeza inabalável nas promessas de Deus, mesmo que os resultados ainda não sejam visíveis.
A Fé como Fundamento da Vida Cristã
A fé, conforme essa passagem, não é apenas acreditar em algo abstrato, mas uma certeza profunda, uma convicção que transcende as circunstâncias visíveis. Isso muda completamente a maneira como vivemos, porque a fé em Deus nos dá uma nova perspectiva sobre o presente e o futuro. Ela é o fundamento sobre o qual a vida cristã se constrói, afetando nossa visão sobre as dificuldades e os desafios da vida.
A fé em Deus é, portanto, muito mais do que um simples "ato de crer." Ela é um compromisso profundo, que transforma o modo como vemos o mundo e enfrentamos nossas lutas diárias. Ela nos convida a viver com a certeza de que Deus está no controle e de que Ele tem um plano perfeito para cada um de nós, mesmo quando não entendemos ou vemos o desfecho imediato das situações.
A Confiança na Providência Divina
A confiança na providência divina é um aspecto crucial da fé cristã. A providência divina refere-se à forma como Deus cuida e direciona o universo e as vidas dos indivíduos de acordo com a Sua sabedoria e plano eterno. Quando confiamos na providência divina, entendemos que Deus está sempre presente, guiando, protegendo e suprindo todas as nossas necessidades, mesmo quando não conseguimos perceber ou compreender todas as suas ações.
Essa confiança não significa que as dificuldades e sofrimentos serão evitados, mas sim que, mesmo nas adversidades, sabemos que Deus está conosco, trabalhando em todas as coisas para o nosso bem (Romanos 8:28).
Exemplos Bíblicos de Pessoas que Confiaram em Deus
1. Abraão: Um dos exemplos mais poderosos de fé é Abraão. Ele confiou em Deus quando foi chamado para deixar sua terra e família, indo para um lugar desconhecido, sem saber exatamente o que o esperava (Gênesis 12:1-4). Sua fé foi ainda mais testada quando Deus pediu que sacrificasse seu filho Isaque, e Abraão obedeceu, acreditando que Deus poderia até ressuscitar Isaque, se fosse necessário (Gênesis 22). Abraão acreditava nas promessas de Deus, o que o tornou o "pai da fé".
2. Moisés: Moisés também é um exemplo de fé e confiança em Deus. Quando ele foi chamado para libertar os israelitas da escravidão no Egito, ele enfrentou muitos desafios, incluindo a resistência do faraó e o desespero do povo. No entanto, Moisés confiou em Deus para realizar milagres, como a divisão do Mar Vermelho, e conduziu o povo até a terra prometida (Êxodo 14:21-31). Sua fé na providência divina foi fundamental para a vitória do povo de Israel.
3. Davi: Davi, o jovem pastor que se tornou rei, confiava em Deus em todas as situações, desde sua luta com Golias (1 Samuel 17) até os anos difíceis de perseguição por parte do rei Saul. Em muitos salmos, Davi expressa sua confiança nas promessas de Deus e no Seu poder para libertá-lo das adversidades. Ele nos ensina que a verdadeira confiança em Deus não é limitada pelos nossos próprios recursos, mas depende da força e fidelidade de Deus.
Aplicação: Confiar em Deus nas Dificuldades da Vida
A vida cristã nos chama a viver pela fé, não apenas em momentos de paz e prosperidade, mas especialmente nas dificuldades. A fé em Deus nos dá a força para enfrentar os desafios e as adversidades com a certeza de que Ele está trabalhando por nosso bem. Quando confiamos em Suas promessas, como Ele promete nunca nos deixar ou abandonar (Deuteronômio 31:6), temos a certeza de que Ele é fiel para cumprir tudo o que nos prometeu.
Nas dificuldades da vida, podemos olhar para os exemplos de Abraão, Moisés e Davi e aprender que, independentemente do que enfrentamos, podemos confiar em Deus. Ele é fiel para cumprir Suas promessas, e Ele tem o controle de todas as circunstâncias.
Em momentos de sofrimento, não precisamos entender todos os detalhes, mas devemos confiar que Deus tem um propósito para tudo. A fé e a confiança em Deus nos ajudam a viver com coragem e esperança, sabendo que, mesmo em meio às tempestades, Ele é o nosso refúgio e fortaleza.
Portanto, a fé e a confiança em Deus não são apenas uma questão de crer, mas de viver de acordo com essa crença, permitindo que ela nos guie, nos sustente e nos transforme em todas as áreas de nossas vidas.
IV. A Importância da Oração e da Comunhão com Deus
A oração e a comunhão com Deus são aspectos fundamentais da vida cristã, proporcionando não apenas uma conexão pessoal com o Criador, mas também crescimento espiritual e fortalecimento da fé. A oração é, em essência, um diálogo com Deus, onde expressamos nossos sentimentos, necessidades, gratidão, e também ouvimos a Sua voz.
Vamos explorar alguns aspectos importantes dessa prática:
1. A Oração como Diálogo com Deus (Mateus 6:6)
Em Mateus 6:6, Jesus ensina que a oração deve ser feita em privado, em um lugar íntimo, sem a busca por reconhecimento público. Ele diz: "Mas tu, quando orares, entra no teu quarto, e, fechando a porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará". Isso revela a essência da oração como uma comunicação íntima entre o ser humano e Deus, livre de aparências e superficialidade. A oração, portanto, não deve ser apenas um momento de petições, mas uma conversa profunda, onde podemos ouvir e ser moldados pela vontade de Deus.
2. A Oração como Forma de Expressar Gratidão, Pedir Sabedoria e Interceder pelos Outros
A oração é uma poderosa ferramenta de expressão, tanto para agradecer quanto para pedir. Quando oramos, podemos louvar a Deus por Sua bondade e reconhecer Sua grandeza. Ela também é essencial para pedir sabedoria, direção e força em momentos de incerteza. Tiago 1:5 diz: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente". Além disso, a oração é um meio de intercessão, ou seja, podemos orar não apenas por nós mesmos, mas pelos outros, buscando a intervenção divina nas vidas de familiares, amigos e até mesmo pelos que estão longe ou em situações difíceis.
3. A Oração em Tempos de Crise e nos Momentos de Alegria
A oração não é uma prática reservada apenas para momentos difíceis; ela é igualmente importante em tempos de alegria. Em 1 Tessalonicenses 5:16-18, a Bíblia nos exorta: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". Isso significa que devemos orar e buscar a presença de Deus tanto nos momentos de angústia quanto nos momentos de alegria e prosperidade, reconhecendo que Ele é soberano em todas as circunstâncias da vida. A oração fortalece a fé e nos ajuda a manter uma perspectiva divina, independentemente das condições externas.
4. A Intimidade com Deus
A oração é também um meio de desenvolver uma relação íntima com Deus. O Senhor deseja um relacionamento próximo com cada um de nós, como um pai que se importa com cada detalhe da vida de seus filhos. A intimidade com Deus é cultivada através da oração contínua, da escuta da Sua voz e da obediência à Sua palavra. Quando nos aproximamos de Deus com sinceridade, Ele se aproxima de nós (Tiago 4:8). A oração profunda, acompanhada de uma vida de fé e obediência, fortalece essa intimidade.
5. Como Desenvolver uma Vida de Comunhão Constante com Deus
Para cultivar uma vida de comunhão constante com Deus, é necessário mais do que orar apenas nos momentos de necessidade. Deve haver um compromisso diário com a presença de Deus. Isso inclui a prática de oração regular, mas também a meditação nas Escrituras, o jejum, a reflexão sobre as mensagens divinas e a disposição para viver de acordo com a vontade de Deus. A comunhão com Deus não é um evento isolado, mas uma prática diária que se reflete em todas as áreas da vida, promovendo transformação e crescimento espiritual.
6. A Importância da Meditação nas Escrituras e do Silêncio Interior para Escutar a Voz de Deus
Meditar nas Escrituras e cultivar o silêncio interior são práticas essenciais para quem busca ouvir a voz de Deus. Em Salmos 1:2, vemos que "antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite". A meditação nas Escrituras permite que compreendamos melhor a vontade de Deus, nos ensina princípios de vida e nos guia em nossas decisões. O silêncio interior, por sua vez, é fundamental para que possamos escutar a voz de Deus em meio à agitação do dia a dia. Ele nos ajuda a discernir Sua orientação, a perceber Sua presença e a ser sensíveis às suas instruções.
Em resumo, a oração e a comunhão com Deus são aspectos centrais na vida cristã, que não apenas nos aproximam de Deus, mas também nos capacitam a viver uma vida de fé, sabedoria e amor. Desenvolver uma vida de oração constante, buscar a meditação nas Escrituras e ouvir a voz de Deus em silêncio são caminhos para uma experiência mais profunda e transformadora com o Criador.
V. Viver em Santidade e Pureza
Viver em Santidade e Pureza: A Chamada à Santidade
A palavra "santidade" vem do termo grego hagios, que significa separado, distinto ou dedicado a Deus. A santidade não é apenas um atributo de Deus, mas também uma característica que Ele deseja para aqueles que o seguem.
A Bíblia nos chama a viver em santidade, como em 1 Pedro 1:16, que diz: "Sede santos, porque eu sou santo." Isso implica que nossa vida deve refletir a pureza e o caráter de Deus, em nossos pensamentos, palavras e ações.
Como Buscar Viver uma Vida Pura em Pensamentos, Palavras e Ações
1. Transformação da Mente: Em Romanos 12:2, a Bíblia nos ensina a sermos transformados pela renovação da mente. Isso significa que a santidade começa no pensamento. Devemos filtrar o que pensamos, alinhando nossas mentes com a Palavra de Deus e rejeitando os pensamentos impuros e carnais. Isso requer uma constante vigilância e uma escolha deliberada de focar em coisas boas, como Paulo escreve em Filipenses 4:8: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai."
2. Controle da Língua: As palavras são poderosas e podem edificar ou destruir (Tiago 3:5-10). Para viver em pureza, precisamos aprender a controlar a nossa fala, evitando fofocas, palavrões, mentiras e qualquer palavra que não edifique. Em Efésios 4:29, somos instruídos: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para a necessária edificação, para que ministre graça aos que ouvem."
3. Ação em Conformidade com a Vontade de Deus: A santidade não é apenas um ideal interno, mas também se reflete em nossas ações. Isso inclui viver de maneira ética, honesta e justa, praticando o amor ao próximo e buscando sempre agradar a Deus. Em 1 João 3:3, lemos que "todo aquele que tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro." Nossa prática diária deve ser marcada por uma constante busca em agir de acordo com os padrões de Deus.
4. Lidar com as Tentações e o Pecado
A tentação é uma realidade na vida cristã. Todos enfrentamos a luta contra o pecado, seja em pensamentos, palavras ou ações. Tiago 1:14-15 nos diz que a tentação surge quando somos atraídos e seduzidos pelos nossos próprios desejos. A chave para resistir à tentação é fortalecer nosso relacionamento com Deus e depender da sua força, como em 1 Coríntios 10:13, que assegura: "Não veio sobre vós nenhuma tentação, senão a humana; mas Deus é fiel, que não vos deixará tentar além do que podeis." Além disso, devemos fugir da aparência do mal (1 Tessalonicenses 5:22), o que implica evitar situações que possam nos levar a pecar. Oração e vigilância são essenciais, como Jesus disse aos discípulos no Jardim do Getsêmani: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41).
A Luta contra o Pecado e a Importância do Arrependimento
Todos os cristãos enfrentam a luta contra o pecado. Em 1 João 1:8-9, somos lembrados de que "se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós." A resposta adequada ao pecado não é negar sua existência, mas arrepender-se sinceramente e buscar o perdão de Deus. O arrependimento genuíno envolve uma mudança de mente e atitude, voltando-se para Deus com um coração quebrantado.
A importância do arrependimento é clara em Atos 3:19, onde é dito: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados." Arrependimento não é apenas um ato de confissão, mas um compromisso de viver de maneira diferente, alinhado com a vontade de Deus.
O Papel da Graça Divina na Superação das Falhas Humanas
A graça de Deus é fundamental na caminhada cristã. Sabemos que, por mais que busquemos viver em santidade, falhamos. No entanto, a graça de Deus nos sustenta, nos perdoa e nos capacita a continuar. Em 2 Coríntios 12:9, Paulo escreve: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Deus não nos chama a ser perfeitos por nossas próprias forças, mas a depender de Sua graça. A graça de Deus não deve ser vista como uma licença para o pecado, mas como um poder transformador que nos ajuda a vencer o pecado e viver de acordo com os Seus propósitos. Como Paulo escreveu em Tito 2:11-12, "a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos a renunciar à impiedade e às paixões mundanas, e a viver, no presente século, de forma sensata, justa e piedosa."
Comentário
Viver em santidade e pureza é um chamado que exige compromisso, vigilância e dependência da graça de Deus. Envolve um processo contínuo de transformação interior, onde a mente é renovada, as palavras são edificantes e as ações são refletivas da vontade de Deus. Embora a tentação e o pecado sejam realidades inevitáveis, a graça divina está sempre disponível para nos restaurar e fortalecer. Por isso, a busca pela santidade é uma jornada constante, mas uma que é acompanhada pela certeza de que Deus é fiel para nos capacitar a viver de acordo com Seus padrões.
VI. O Testemunho e a Missão Cristã
O chamado para ser luz e sal do mundo, como mencionado por Jesus em Mateus 5:13-14, é uma das mais profundas instruções que Ele deu aos Seus seguidores. Vamos explorar isso com mais profundidade.
1. Ser Luz e Sal do Mundo (Mateus 5:13-14) esus usa duas metáforas poderosas — o sal e a luz — para descrever o papel dos cristãos no mundo:
Sal: O sal, no contexto bíblico, tem múltiplas funções. Ele é usado para conservar, dar sabor e até curar. Os cristãos, como sal, têm a responsabilidade de preservar o bem e a moralidade no mundo, assim como o sal preserva os alimentos da corrupção. Além disso, eles devem ser o sabor da verdade e da bondade, impactando as pessoas ao seu redor e influenciando positivamente a sociedade. A presença de cristãos deve ser como um tempero que melhora a vida ao redor.
a) Luz: A luz ilumina o caminho e revela a verdade. Os cristãos, como luz, devem refletir a luz de Cristo, guiando os outros para a verdade e para a salvação. A luz não deve ser escondida, mas visível, para que todos possam ver a boa obra e glorificar a Deus (Mateus 5:16). A luz também dissipa a escuridão do pecado, do erro e da mentira. A missão é ser uma testemunha viva da fé em Cristo.
b. A Responsabilidade de Compartilhar o Evangelho e a Boa Nova
A missão do cristão vai além da simples vivência de uma boa moralidade; é também uma responsabilidade ativa de compartilhar a mensagem do evangelho. Jesus, ao enviar os discípulos, instrui-os a fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19-20). O evangelho é uma boa notícia — a notícia da salvação através de Jesus Cristo — e deve ser compartilhada com todos. Isso inclui:
1. Palavra e Ação: O cristão não pode viver isolado em sua fé. Ele deve ser uma testemunha do que Deus fez em sua vida e compartilhar essa mensagem com os outros, seja por palavras, seja por ações. O exemplo de vida deve ser tão forte quanto o testemunho verbal.
2. Compromisso e Urgência: A missão não é algo opcional, mas um compromisso que Jesus deu a todos os Seus seguidores. O chamado é urgente, pois as pessoas precisam conhecer a verdade de Cristo para serem salvas. Isso implica agir agora, sem procrastinação.
3. A Missão de Fazer Discípulos (Mateus 28:19-20) No final do evangelho de Mateus, Jesus dá a grande comissão, dizendo: "Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei" (Mateus 28:19-20).
Fazer discípulos é guiar as pessoas a um compromisso profundo com Cristo. Isso envolve:
4. Ensinar e discipular: Não é apenas uma questão de conversão, mas de ensinar e discipular as pessoas para que elas cresçam na fé. Os discípulos são chamados a ser formados e ensinados para viver conforme a vontade de Deus.
Evangelismo como parte da missão divina: A pregação do evangelho não é apenas um convite à salvação, mas uma participação ativa no plano divino de redenção. Deus planejou desde o início da criação a salvação da humanidade, e Ele nos chama para fazer parte desse plano. Portanto, o evangelismo é uma forma de estar alinhado com a vontade de Deus.
Como Cada Cristão Deve se Envolver no Plano de Deus para a Salvação
1. Cada cristão é um agente do reino de Deus e tem um papel crucial na missão de evangelizar o mundo. Esse envolvimento pode se dar de várias maneiras:
2. Vivendo uma vida transformada: A transformação pessoal de um cristão é uma das maiores testemunhas de que Deus está vivo e agindo. Quando a fé é vivida de maneira autêntica, ela atrai outros para Cristo.
3. Oração e intercessão: Orar pelas pessoas e pela obra missionária também faz parte da missão. A oração sustenta a obra de Deus e prepara corações para receber a mensagem do evangelho.
4. Apoio ao evangelismo e missões: Nem todos serão chamados para ir a terras distantes, mas todos podem apoiar a obra missionária, seja através de oração, recursos financeiros ou outros meios. O cristão é chamado a ser parte da rede global de evangelização, seja local ou internacional.
Comentário
A missão cristã de ser luz e sal do mundo não é apenas uma responsabilidade, mas um privilégio. Somos chamados a ser testemunhas vivas da graça de Deus, refletindo Seu amor, justiça e verdade em todos os aspectos da vida. Nossa missão é clara: fazer discípulos, compartilhar o evangelho e ser a luz de Cristo em um mundo em trevas. Cada cristão tem um papel fundamental no plano divino para a salvação, e é chamado a viver com um propósito claro: fazer a vontade de Deus e espalhar Sua verdade a todos.
Conclusão
Deus espera de nós uma vida centrada no amor a Ele e ao próximo, fundamentada na obediência à Sua Palavra, com fé, confiança, oração, santidade e compromisso com a missão de anunciar o evangelho.
Desafio: Viver com integridade, ser fiel aos princípios divinos e sempre buscar o crescimento espiritual.
Esse esboço oferece uma abordagem abrangente e multifacetada sobre o que Deus espera de nós. Pode ser adaptado para diferentes contextos, como estudos bíblicos, sermões ou reflexões pessoais.
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