Tema: A fidelidade da Igreja em tempos de espera pela volta gloriosa de Cristo.
TEXTO BÍBLICO
Atos 1:11 "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir."
INTRODUÇÃO
Logo após a ressurreição de Jesus, Ele passou 40 dias com os discípulos, ensinando-os sobre o Reino de Deus. No Monte das Oliveiras, diante deles, Ele ascendeu ao céu. E ali, os anjos anunciaram uma verdade gloriosa: Ele voltará! Desde aquele dia, a Igreja vive entre duas realidades: a certeza de Sua partida e a esperança da Sua volta. Como devemos viver até que volte o Salvador? Oh, que glorioso será o dia em que O veremos face a face! Sim, Ele prometeu, e Ele voltará! Mas enquanto esse dia não chega, o que se espera de nós, como Igreja e como cristãos fiéis?
I. AGUARDAMOS O SALVADOR COM "FÉ ATIVA"
1. A Natureza da Fé (Hebreus 11:1)
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem."
A fé, de acordo com esse versículo, é mais do que um sentimento ou otimismo. Ela é fundamento — a base sólida — da nossa esperança. Não esperamos o retorno de Cristo com dúvidas, mas com a certeza que vem de confiar em um Deus que não mente e cumpre Suas promessas.
No original grego, a palavra traduzida como "firme fundamento" é hypostasis, que carrega o sentido de "essência", "realidade subjacente", ou seja, a fé é o que sustenta a nossa esperança como algo real, mesmo que ainda não visível.
2. Crer na Promessa do Retorno de Cristo
Jesus prometeu:
“E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo...” (João 14:3)
Essa promessa é o coração da fé cristã escatológica. A fé ativa espera com expectativa, mas também age em fidelidade enquanto espera. Não se trata de esperar com braços cruzados, mas de viver hoje como quem sabe que o Rei está voltando.
A fé não apenas acredita que Cristo virá — ela vive como quem O verá.
3. Viver Confiando em Deus, Mesmo Sem Ver
A fé não depende de visibilidade, mas de relacionamento com Deus. Ela nos ensina a confiar mesmo quando os olhos não enxergam evidências.
Assim como Abraão saiu sem saber para onde ia (Hebreus 11:8), também nós caminhamos pela fé, não pela vista (2 Coríntios 5:7). A confiança em Deus se torna um modo de viver, de caminhar todos os dias com Ele — mesmo em meio às incertezas.
4. Permanecer Firmes nas Escrituras
Fé ativa é fundamentada na Palavra de Deus. A Escritura é a âncora da nossa esperança. Quando o mundo é abalado por crises, dúvidas ou enganos, a fé que permanece firme nas Escrituras não é movida pelo vento.
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mateus 24:35)
Permanecer firmes nas Escrituras é cultivar uma fé que disciplina o coração, fortalece a mente e prepara o espírito para o dia da volta de Cristo.
5. Ilustração: A Espera do Pai
Conta-se a história de uma criança que todos os dias, à mesma hora, se sentava à porta de casa, esperando seu pai voltar da guerra. Pessoas diziam que talvez ele não voltasse, mas ela respondia: “Ele prometeu. E quando meu pai promete, ele cumpre.”
Um dia, o pai chegou. E toda a espera, toda a fidelidade da criança, foi recompensada.
Assim é a fé: espera com confiança, mesmo sem saber o dia ou a hora. Porque conhece o caráter de quem prometeu.
6. Transição: A Fé que Se Manifesta no Testemunho
Mas a fé não é apenas crença interior — é expressa exteriormente. Quem crê, testemunha. A fé ativa transforma atitudes, inspira palavras, gera compaixão, move à santidade.
“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” (Tiago 2:17)
Esperamos o Salvador, mas enquanto esperamos, amamos, servimos, proclamamos, resistimos ao mal e buscamos a justiça. Não porque queremos "comprar" a salvação, mas porque a fé verdadeira sempre dá fruto.
Esperar por Cristo com fé ativa é como viver à porta de casa, com o coração pronto para o reencontro. É crer no que não se vê, agir com base no que se espera, e permanecer fiel Àquele que prometeu. Ele vem — e a espera valerá a pena.
II. AGUARDAMOS O SALVADOR COM ESPERANÇA E VIGILANTES
“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.” — Mateus 25:13
Jesus nos alerta com clareza e urgência: “Vigiai!” Este chamado à vigilância é mais que uma advertência — é um convite a viver em expectativa, esperança e fidelidade diante da promessa de Sua volta.
A volta de Cristo não é um conceito abstrato, mas uma realidade futura que molda nossa forma de viver hoje. A parábola das dez virgens (Mateus 25) mostra que nem todos estarão preparados, mesmo entre os que aparentemente O aguardam. Portanto, a vigilância espiritual é essencial.
Vamos explorar essa verdade por meio de três dimensões práticas e espirituais:
1. Estar atento aos sinais dos tempos
A vigilância começa com os olhos abertos para o que acontece ao nosso redor — espiritualmente, moralmente e profeticamente.
Jesus falou que nos últimos tempos haveriam guerras, rumores de guerras, fomes, terremotos, esfriamento do amor, e uma apostasia crescente (Mateus 24). Esses sinais não devem nos levar ao medo, mas à atenção e sensibilidade espiritual.
Estar atento é discernir que há algo maior acontecendo: o mundo não caminha ao acaso. A história humana tem um propósito e um ponto culminante — a manifestação gloriosa de Cristo.
Aplicação
Você consegue perceber os sinais da volta de Jesus nas mudanças culturais, espirituais e globais? Está discernindo o tempo em que vive?
2. Manter uma vida de santidade
Vigiar não é apenas esperar sentado — é viver de forma coerente com a esperança que professamos.
A santidade é o reflexo de quem entendeu a seriedade do que está por vir. O apóstolo Pedro escreveu:
“Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus.” (2 Pedro 3:11-12)
Ser santo não é ser perfeito, mas separado, consagrado, comprometido com os valores do Reino.
Aplicação
A sua vida hoje está refletindo o Reino que você espera amanhã? Você tem resistido ao pecado e buscado crescer em santidade?
3. Ter um coração preparado
A vigilância começa nos olhos, passa pelas ações, mas encontra sua profundidade no coração.
A preparação interior é mais do que cumprir rituais religiosos — é viver com o coração voltado para Deus, sensível ao Espírito, pronto para obedecer.
A parábola das virgens mostra que todas dormiram, mas só algumas tinham azeite suficiente. O azeite representa a presença constante do Espírito Santo. Só estará preparado quem mantiver intimidade com Deus, diariamente.
Aplicação
Se Jesus voltasse hoje, seu coração estaria pronto para recebê-Lo? Você tem cultivado comunhão com Ele?
Ilustração: A Noiva que Aguarda o Noivo
Imagine uma noiva em contagem regressiva para o casamento. Ela cuida de tudo: vestido, decoração, maquiagem — cada detalhe é preparado com amor e expectativa. Ela não sabe exatamente a hora em que o noivo chegará, mas ela está pronta.
Assim é a Igreja. Não sabemos o dia ou a hora, mas vivemos com os olhos fixos no céu, cuidando dos detalhes da alma — a fé, o amor, a pureza, a missão. Viver com Propósito e Compromisso
A vigilância verdadeira não nos faz passivos, mas nos move a viver com intencionalidade e fervor. Esperamos, sim, mas enquanto isso, pregamos, amamos, servimos, adoramos e resistimos ao mal.
O vigilante não vive distraído. Ele vive comprometido.
Aguardamos o Salvador não com medo, mas com esperança viva. Ele prometeu que voltaria, e Ele não falha. Enquanto isso, vigiamos, santificamos e nos preparamos com alegria.
“Maranata! Vem, Senhor Jesus!”
III. AGUARDAMOS O SALVADOR COM AMOR!
João 13:35 — “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.”
A vida cristã é, por essência, uma caminhada de esperança. Vivemos entre duas grandes realidades: a cruz de Cristo que nos salvou e a promessa da Sua volta, que nos glorificará. Enquanto aguardamos esse glorioso retorno, o Senhor nos deixou um sinal distintivo: o amor. Em João 13:35, Jesus deixa claro que o amor mútuo é a principal evidência de que pertencemos a Ele. Não é o conhecimento, o ativismo ou as aparências religiosas — é o amor prático e sacrificial.
1. Amar como Cristo nos amou
Jesus não apenas falou sobre o amor — Ele o encarnou. O versículo anterior ao nosso texto base, João 13:34, diz: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei...” Isso eleva o padrão. O amor cristão não é um sentimento superficial, mas uma escolha radical de se doar. Cristo nos amou com paciência, com perdão, com graça, até o sacrifício da cruz.
Amar como Ele amou é:
- Perdoar os que nos ofendem.
- Servir sem buscar reconhecimento.
- Estar presente nas dores do outro.
Esse amor é contracultural. Ele não depende de reciprocidade ou conveniência. Ele aponta para a cruz. E esse amor é o reflexo do próprio coração de Deus.
2. Servir uns aos outros com alegria
Esperar o Salvador não é uma espera passiva. É uma espera ativa, marcada por serviço alegre e generoso. Jesus, pouco antes de falar sobre o amor, lavou os pés dos discípulos — um gesto de humildade e serviço (João 13:1–17).
Servir com alegria significa:
- Ver cada oportunidade de ajudar como um ato de adoração.
- Entender que ninguém é grande demais para servir, nem pequeno demais para ser servido.
- Viver como Cristo, que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20:28).
O serviço não é apenas uma tarefa. É uma linguagem de amor que o mundo entende. E é também uma forma de preparar o coração para a eternidade — onde serviremos a Deus por toda a eternidade com alegria completa.
3. Refletir o caráter de Cristo no mundo
Vivemos numa sociedade marcada pela indiferença, polarização e pressa. Refletir o caráter de Cristo nesse contexto é um testemunho poderoso. O amor cristão se torna um farol de luz em meio à escuridão.
Refletir o caráter de Cristo é:
- Viver com integridade, misericórdia, compaixão e verdade.
- Ser agente de reconciliação e paz onde há divisão.
- Praticar um amor que não apenas fala, mas age — que alimenta, que acolhe, que visita, que ora, que chora com os que choram.
Quando a igreja ama como Cristo, ela se torna uma janela para o céu — um vislumbre do Reino que virá.
Ilustração
Pense em uma família que espera ansiosamente pela chegada de um ente querido. Eles limpam a casa, preparam comida, compartilham tarefas — tudo isso em harmonia, movidos pelo amor e pela expectativa. Não estão apenas esperando parados, mas vivendo juntos, ajudando-se mutuamente, porque sabem que alguém muito amado está prestes a chegar.
Assim deve ser a Igreja. Vivemos a espera do nosso Salvador — e o amor mútuo é o que nos mantém unidos até que Ele venha.
Sim, até que Ele volte, vivamos com fé, esperança e amor (1 Coríntios 13:13). O mundo reconhecerá que somos Dele não por placas, discursos ou tradições, mas pelo amor prático e transformador que carregamos em nosso cotidiano. Aguardamos o Salvador com amor — um amor que serve, que edifica e que aponta para o céu.
CONCLUSÃO
Vivemos entre a ascensão e a volta do nosso Senhor. Somos chamados a viver com fé ativa, esperança vigilante e amor. O Salvador voltará! Essa promessa não falha. E a pergunta que ecoa é: como Ele nos encontrará?
Senhor Jesus, ajuda-nos a viver com os olhos fixos na Tua promessa. Fortalece a nossa fé, mantém-nos vigilantes e ensina-nos a amar como Tu nos amaste. Que cada dia de espera seja um passo mais perto do Teu retorno. Prepara a Tua Igreja para o glorioso encontro contigo. Amém!
- Meu irmão, minha irmã... Você está pronto para o retorno do Salvador?
- Ele não tardará... Talvez hoje seja o dia em que o céu se abrirá e a trombeta soará.
- Não adie a sua decisão... Entregue sua vida a Cristo agora.
- Reconcilie-se com Ele... Até que volte o Salvador, viva como quem anseia vê-Lo!
Hoje é o dia da salvação, Venha a Jesus!
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