domingo, 6 de setembro de 2015

O BARCO PODE SER O MESMO, MAS OS DESTINOS PODEM SER DIFERENTES


Texto (Daniel 1) No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonozor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.

2 E o Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus; e os pôs na casa do tesouro do seu deus. 

3 Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns dos filhos de Israel, dentre a linhagem real e dos nobres, 

4 jovens em quem não houvesse defeito algum, de bela aparência, dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus. 
5 E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados por três anos; para que no fim destes pudessem estar diante do rei. 
6 Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. 
7 Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego. 
8 Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar. 
9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. 
10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois veria ele os vossos rostos mais abatidos do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim poríeis em perigo a minha cabeça para com o rei. 
11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia posto sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: 
12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber. 
13 Então se examine na tua presença o nosso semblante e o dos jovens que comem das iguarias reais; e conforme vires procederás para com os teus servos. 
14 Assim ele lhes atendeu o pedido, e os experimentou dez dias. 
15 E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias reais. 
16 Pelo que o despenseiro lhes tirou as iguarias e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes. 
17 Ora, quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e em toda a sabedoria; e Daniel era entendido em todas as visões e todos os sonhos. 
18 E ao fim dos dias, depois dos quais o rei tinha ordenado que fossem apresentados, o chefe dos eunucos os apresentou diante de Nabucodonozor. 
19 Então o rei conversou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso ficaram assistindo diante do rei. 
20 E em toda matéria de sabedoria e discernimento, a respeito da qual lhes perguntou o rei, este os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. 
21 Assim Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro.

Propósito Geral: Encorajador.
Tema Específico: Nossas decisões de hoje definem o nosso amanhã

INTRODUÇÃO

Contexto histórico:


– Deus entregou seu povo nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia.

– Milhares morreram; alguns, no entanto, foram levados cativos.
– Dentre estes, jovens sem defeito, de boa aparência, instruídos, versados no conhecimento e competentes para assistir no palácio do rei, foram entregues a Aspenaz, com a incumbência de educá-los e prepará-los para, em 3 anos, se apresentar diante do rei.
– A estes jovens, foi ordenado comerem das iguarias do rei e beber do seu vinho.
– Devido à sua fé e formação, Daniel [e seus amigos] decidiram “não se contaminar” com a comida e o vinho do rei.
– A partir desta decisão, de não se contaminar, começa uma reviravolta na vida destes jovens.
– Estavam no mesmo barco que os demais jovens levados como escravos, mas o destino de Daniel e seus amigos foi completamente diferente dos demais. Ao contrário destes, que nem sequer são lembrados no texto bíblico, depois do capítulo 1, Daniel e seus amigos serão duramente provados em sua fé, mas vencerão sempre, terminando seus dias como governadores e pessoas de alta influência na Babilônia.

Ideia Central do Sermão: Estamos todos no mesmo barco, mas são as nossas decisões de hoje quem definem os nossos destinos de amanhã. Quais foram as DECISÕES de Daniel?


PRIMEIRA DECISÃO

DANIEL DECIDIU NÃO SE CONTAMINAR

(Vs.8a) Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia.


Daniel e seus amigos assim decidiram fazer, talvez, por haverem animais impuros à mesa do rei ou por terem sido tais alimentos oferecidos aos ídolos.



Comer destas iguarias e beber deste vinho significava para eles concordar com tudo de errado que podia haver por traz daquela alimentação. Vemos aqui um gesto de busca de santificação, separação absoluta entre o que é certo e que é errado, entre o que é limpo e o que é sujo. Decisão difícil, pois ia contra as ordens do rei e na contramão das tendências dos jovens, que estão sempre a buscar estes prazeres.

SEGUNDA DECISÃO

DANIEL DECIDIU ENFRENTAR O CHEFE

(Vs 8b) portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.

Eles eram apenas escravos, como todos os demais jovens de Israel que foram levados com eles. Eles estavam em terra estranha, como os demais. Eles, aparentemente, não tinham escolha, como os demais. Mas eles decidiram romper com tudo isso, decidiram romper com o comodismo da maioria e enfrentaram o chefe dos eunucos.

Na prática, eles estavam enfrentando o rei, pois era sua a ordem de alimentar os jovens escravos com as suas iguarias e o seu vinho. Por fim, depois de um tempo de incerteza, o chefe dos eunucos concorda e passa a ajudar Daniel e seus amigos.

Quando Deus se alegra das nossas decisões, ele nos dá graça perante os “chefes” e os “reis” (vs 9). Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

TERCEIRA DECISÃO

DANIEL DECIDIU SE ESFORÇAR

(Vs 12) Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber.

Ao desprezar as carnes servidas na mesa real, restou à Daniel e seus amigos alimentar-se, tão-somente, de vegetais. Foi grande o esforço que eles tiveram que fazer, pois alimentar-se só de vegetais não é nada fácil.

Não se tratava aqui de alguma “Dieta de Daniel” ou uma apologia ao estilo de vida “vegetariano”; era algo muito mais profundo e espiritual, pois era uma forma visível e bem estabelecida de dizer “não” às coisas erradas que podiam haver por detrás das iguarias do rei. E foi isso que os sustentou, essa determinação de não se contaminar.

Quando um jovem decide não se contaminar das coisas deste mundo, sobra-lhe muito pouco, pois a dieta dos jovens sem Deus é à base de todos os tipos de pecados.

Mas, ao longo dos dias, a “dieta da santidade” produz pessoas mais capazes, mais abençoadas, mais perto de Deus, se comparadas às que vivem na “dieta do pecado”.

QUARTA DECISÃO

DANIEL DECIDIU PERSEVERAR

(Vs 5) 
E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados por três anos; para que no fim destes pudessem estar diante do rei.

Tomar uma decisão desta não é tão difícil, mas sustentá-la é que é.
Eles não ficaram na “dieta da santidade” por 10 dias, apenas, mas por 3 anos. Isso que é determinação, isso que é perseverança. Os que perseveram são recompensados. Os que nunca terminam o que começam, jamais sentirão o gosto da vitória.

CONCLUSÃO

Os demais jovens levados ao cativeiro, depois do capítulo 1, nem sequer são citados no texto bíblico, o que nos leva a pensar se não sucumbiram à cultura e aos costumes babilônicos, “diluindo” suas identidades na força do coletivo, mas Daniel e seus amigos, que resistiram, tiveram um destino completamente diferente.

Decisões de santidade, de enfrentamento, de esforço e perseverança, sempre nos levarão a destinos diferentes – e melhores.

Deus seja louvado!

Autoria: Pr Franco





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